

Como se mede uma pessoa? Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Ela é enorme pra você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado. É pequena pra você quando só pensa em si mesmo, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.
Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando desvia do assunto.
Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.
Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.
É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.
Martha Medeiros.
O pai de Alice a dizia para acreditar em seis coisas impossíveis antes do café da manhã. Seis, six, seis. Três pares, meia dúzia. Idealizadora que sou, sempre tendo que ser arrastada de volta para a realidade, minha mente roda enquanto vislumbro o número, e subjetivo a palavra "coisas". O que seriam? Seis invenções? Paixões? Palavras? O impossível? Se eu quisesse não somente ir até a Lua, mas também nela sentar, e pescar estrelas, será que dá? Acho que pode; deve ser válido. E fazer brotar flores, com lágrimas? Cada choro, um buquê inteiro. Multicolorido. Ia ser lindo, não ia? Iventar orações, caracterizar expressões, converter ideologias? Ótimo seria. Acredito na evolução da tecnologia, sobretudo. E acho mágica essa concorrência deslavada, em que os reais ganhadores somos nós, os consumidores. Um brinde! De chá, claro, dona Alice.
Creio, sempre, nas pessoas. Tenho me decepcionado, nem sempre tem valido à pena, e meu coração tem cansado de inserir novas fichas, depositar novas chances. Mas o bom é que a roda gira, o mundo troca a marcha, e as pessoas mudam de lugar. Nova gente vem, enquanto almas arcaicas, ou que não dão mais liga, se vão; pra outros caminhos, distintos destinos, rotas e desvios. Ainda assim, fé em mim eu tenho. Aqui dentro, nos pensamentos, antes de dormir, ao acordar e
Acredito acima de tudo, no amor. Mas nem sei se isso conta, nesses tempos modernos. O adultério, a mentira e o egoísmo vem tomando conta de corações quebrados, que deveriam se curar com sentimento e boa vontade. Isso não deixa de me entristecer, mas também me faz acreditar mais forte e à fundo, que é pra dar força à qualquer custo. E se for parar para pensar, acredito em tantas coisas, que a cada manhã me renovo em novas seis idéias, e invenções. Como mulher, gostaria de pôr minhas esperanças de que há aí pelo mundo algum batom que fixa, mesmo degustando um bom vinho; alguma manicure que não tire bifes; uma costureira que faça o que nos é pedido (e em dia) e uma depiladora que não minta, quanto à dor. Seria ótimo se existisse um chocolate que não engorda, palhaço que ainda faz rir, e árvore que dá dinheiro. Detector de falsidade, seria altamente útil. Assim como, o de homens e mulheres cafajestes - os quais nem assim, resistiríamos. Máquina do tempo, para viajarmos em modelitos passados, e nos reinventarmos, com as futuras promessas
Porém, nada se compara ao que toda mulher quer acreditar. No que toda fêmea anseia por abonar. Em sonhos que se tornam realidades, e príncipes que já foram sapos, burros ou cachorros - mas que cabem no dia-a-dia e dão foto três-por-quatro para colocar na carteira; colocando a sua num porta-retrato ou no fundo de tela do computador. Em viver um amor real, concreto e que aconteça, dia pós dia. Dê continuidade, e não deixe nem medo, e muito menos covardia tomar conta. Que a faça sonhar de dia, e amar de noite. Levitar por entre praças, e jantar no bistrô barato do Centro. Se preocupe com a existência feminina não só do corpo, mas da alma e bem estar, que representa ela ali, de olhos fechados, dormindo, devaneando; em estado plenamente pacífico, e terra firme. Em finais felizes naturais, sem esforço, sacrifício ou perigo. Desejando silenciosamente que você lhe beije a face, e a queira com intensidade na sua vida. Seja para cantar junto, ou preparar um jantar. Para buscá-la em casa, ou assistir filmes ruins. Não pra um momento ou uma ação; mas se não for pra sempre, que seja eterno enquanto dure. Agora vamos lá, que o leite acabou e a vida chama. Realidade, por favor?
Deu uma vontade louca de pular numa piscina, de fazer bolinhas de sabão, de gritar bem alto, de comer algodão doce, de tentar fazer xixi em pé, de ser chamada de novo de bebezinho da mamãe, de colocar salto doído, de cantarolar pela rua, de tomar banho de chuva num dia frio, de rir de bobeira, de descer até o chão, de dançar bem naquelas maquininhas de dança, de comer até explodir, de comer pasta de dente Tandy, de beber leite com Quick de morango, de sorrir pra velhinha na rua, de dar uma flor ao porteiro camarada, de abraçar a moça da lavanderia que está grávida, de jogar os livros pra cima e ver em que posição eles caem, de emagrecer uns quilos num clique de controle remoto, de amassar papéis, de rir até doer a barriga, de contar casos pras minhas amigas, de dar um beijo bem demorado em alguém bem especial, de dormir sem roupa, de ligar o ventilador e ficar fazendo sons estranhos, de gastar todo o limite do cartão de crédito, de experimentar cigarro novamente e ter a certeza que vou engasgar, de ver uma maratona de programas do Jô, de ter tv a cabo de novo, de ouvir uma boa e velha ironia do meu irmão, de gritar porque minha mãe gritou comigo, de abraçar meu pai e dizer o quanto ele é fofo, de subir na mesa e dançar É o Tchan, de dançar todos os rítimos num minuto, de ganhar rosas vermelhas numa noite de chuva, de atravessar a rua sem olhar pros dois lados, de colar na prova, de falar baixinho no ouvido e depois soltar um berro, de soluçar e ficar desesperada, de balançar na rede do meu pai, de esmagar de tanto abraçar todos os cachorros que já tive e ainda tenho por uma eternidade, de deixar o apê imundo por uma semana, de regar uma árvore bem larga, de jogar o lixo pela janela, de colher morangos, de abrir uma melancia, de fazer cural, de raspar a assadeira e comer toda a massa que sobra do bolo de chocolate, de ser coelho tipo Lola Bunny, de jogar vôlei, de ser bailarina e pianista de sucesso, de aprender a tocar gaita como a Alanis, de apertar a mão do Brad Pitt (pelo menos), de descobrir o que os chineses acham do carnaval, de perguntar ao Lula se ele realmente sabe de alguma coisa, de juntar todas as minhas melhores amigas de todas as melhores épocas da minha vida e dizer: que falta vocês me fazem e, principalmente, de ser tão impulsiva quanto eu era ontem e com certeza serei amanhã. Mas como nem tudo é como queremos, então vamos vivendo o hoje sem deixar nada pra depois.
Porquê a vida a linda de viver. x)
Hoje o dia amanheceu meio quieto, mas com um sol de dar inveja. E eu aqui, com um puta sorriso estampado no rosto.
Não ganhei na mega sena, não passei em concurso e também não fui eleita miss pantanal, eu simplesmente recuperei alguma coisa que havia perdido. Aquela velha fé nas pessoas, aquela velha alegria em simplesmente existir. E o que eu precisei pra conseguir tudo isso? Passada uma fase difícil, e também alguns momentos de busca pessoal, eu me reencontrei em sonhos, pessoas, lugares e acima de tudo
Novamente, Mais uma vez me pego revirando o passado, passado este próximo, passado bom, passado ao teu lado. Lembro de tudo com uma saudade, creio que gostaria de viver tudo de novo, só pra te sentir por perto mais uma vez, há alguns dias eu não te vejo, a quanto tempo não sentamos pra conversar, pra tomar um café implicando um com o outro. Tudo mudou de uns tempos pra cá, e fica esta saudade. Vivi aqueles momentos com uma intensidade imensa, mas parece que faltou algo, parece que poderia ter sido muito mais forte. Naquele tempo éramos grudados, sentíamos falta um do outro, todos os dias, mal acordávamos e os telefones já tocavam, quando um não aparecia, era aquele Deus nos acuda, eram telefonemas e mensagens o tempo inteiro, o dia inteiro. Nos víamos todos os dias, raros os dias em que não nos víamos, e mesmo assim continuávamos a nos falar, continuávamos a nos ligar, por mais que já nem tivesse mais assunto, não tivesse mais o que falar, nos ligávamos e conseguíamos algo para conversar, algo para nos aproximar, algo que as vezes não me imaginava sem. Algo que nem a distância conseguia afastar. Não imaginava que um dia deixaríamos de nos falar, não imaginava que eu ia parar de te procurar, que tu não ias mais ligar pra saber o que eu estava fazendo, sempre perguntando e questionando, e sinceramente, senti uma falta. No inicio foi mais tranqüilo, foi como se no outro dia voltaríamos ao normal, mas o tempo foi passando e parece que isso nunca voltará ao normal. Que era normal do nosso cotidiano. Não voltávamos a nos encontrar todos os dias, não nos ligávamos mais, se quer nos falávamos por messenger ou torpedos sms, nada mais. A distancia foi começando a aparecer. Foi indo, indo, e ficou no que ficou. Senti uma distancia, distancia esta que nunca havia sentido desde que nos aproximamos. Foi tão ruim, senti aquilo tão mal, foi aí que a realidade apareceu, foi aí que me dei conta que já não era mais a mesma coisa,que tínhamos esfriado a nossa relação, foi aí que vi nossas vidas em caminhos diferentes, e que jamais voltaria a ser como havia sido neste passado próximo. Foi nesse momento que vi que havia tinha te perdido. Aliás, havíamos nos perdido. Nunca tive por completo, mas tinha uma companhia, tinha alguém que estava ali todos os dias pra me agüentar, mesmo nos dias mais difíceis. Eu agüentava também. Vi também que a nossa amizade já não era mais a mesma, que os nossos olhos não brilhavam da mesma maneira como brilhará antes de nos afastarmos. Antes desta distancia aparecer. Chego a achar estranho, nunca havia nos imaginado assim. Hoje pensando, imagino que depois que nos afastamos acabou um pouco daquele carinho, daquele afeto, daquele amor. Tudo mudou, nós mudamos, tudo que sabíamos antes um do outro, a maioria voltou a ser perguntas, fica como alternativa, mas já não fica com a certeza como era antes, fica como se acabássemos de conhecer. Chega a parecer com os primeiros meses da nossa convivência. Chego a pensar que zerou, que se quisermos voltar a ser como antes, teremos que nos conhecer novamente, teremos que iniciar do zero, outra vez. E logo penso será que é isso que queremos, será que nós fomos simplesmente aquilo. Será que não fomos mais que aquilo. Será que era só uma passagem. Será que não nos conhecíamos realmente, e achávamos que sim, ou será que o destino quer mudar a nossa história. E hoje vejo que zerou, que acabou mesmo, que foi tudo por água a baixo. Que aquele carinho, que aquele amor, havia ficado na saudade. Mas penso que vivemos todos aqueles momentos com tanta intensidade pra acabar em poucos meses, não consigo entender o que foi aquilo. O que vamos ter que fazer, o que o destino quer nos mostrar? O que o destino quer de nós?
Ótima quinta!
Talvez, um dos maiores mistérios da vida seja a partida. Não se sabe como e quando ela acontece. É assim de repente, sem abraços, nem despedidas. Sem últimas palavras.
Tão claro como se sabe sobre a partida, ninguém a entende. E tão certo como se sabe, a dor de quem fica a gente jamais supera. A gente tenta é se acostumar, mas às penas é que a gente não se acostuma.
Às vezes parece quem partiu fui eu e quem ficou foi você.
Você esta mais presente do que quando estava aqui. Seus gostos, seu jeito, seu cheiro, sua voz... Sua risada...
Você esta em toda parte.
Estou com a mania de desorganizar as coisas e tenho vontade de comer besteiras.
Sem querer, hoje te incluí em conversa, falando de você como se ainda estivesse aqui.
Às vezes eu me esqueço que se foi... Às vezes eu só quero me lembrar de ti...
Eu não sei se você volta... Mas parece que não volta mais... mesmo tendo ido a parte nenhuma.
No que sei e que não sei, eu não entendo. É como se não fosse verdade. Dói...
Ninguém vê... São oito horas da noite e espero o celular tocar. Falo sozinho que "estou cheia" esperando você me corrigir. Durmo com a almofada e deixo o travesseiro do lado, junto com seu espaço na cama... Eu durmo assim...
Eu durmo na esperança de te encontrar. Eu acordo desejando que esteja aqui. E acordo querendo acordar de tudo isso...
Você não volta mais... E na procura de conforto, penso que você esta mais feliz assim. Dizem que quem parte sempre vai pra um lugar melhor. E sei que você jamais teria ido se não fosse pra valer a pena.
Se existe alguma paz é saber que nunca deixei de expressar, nem escrever, nem dizer um só dia. As palavras escapavam da minha boca como aquela vez na escada... O que eu não sabia era que estava sendo tão modesta, era muito mais do que eu pensava.
Mesmo assim ainda tinha tanto... Tanto pra dizer, pra fazer, pra viver...
Tive diálogos imaginários. Falei com você, te contei alguma coisa do meu dia. Eu briguei com você, gritei com você, te culpei, queria o brilho dos meus olhos de volta. Eu chorei... E perguntei - mais uma vez - Por que você faz isso comigo? Uma, duas, várias vezes...
Minha voz ecoou no grande vazio que você deixou... Foi então o silêncio. Um silêncio denso como o violoncelo, doce e triste como as notas de um piano...
Eu não sei se você volta... Mas parece que não volta mais...
É hora de juntar meu silêncio ao seu...
Eu não vou poder partir, mesmo indo por toda parte, não vou a lugar algum... Eu não tenho pra onde ir... Eu vou seguir levando comigo as bagagens da vida.
É chegada a hora de deixar você ir, mesmo que já tenha partido.
Trouxe flores... Não como clichê da partida, mas porque sempre quis te dar, você sabe. Eu esperava era um dia. Um dia que agora não vai mais chegar. São as flores mais bonitas da minha primavera, as últimas já que agora o inverno começa... A vida não pára...
Trouxe flores não pra dizer "adeus" porque isso eu não sei dizer, mas pra te agradecer por cada dia, pela chance... Levaram alguns meses para ela chegar. "Taking Chances"... Eu nunca vou esquecer... "Like lovers do".
Porque que tem que ser assim? joguei pedra na lua? a escuridão esta sobre a minha cabeça. Mas Como diz Renato russo: escuridão já vi pior. mas eu sei que um dia eu aprendo em quem confiar. Eu espero que o sol venha logo. Porque quem acredita sempre alcança. E em silencio eu choro mais uma vez. Posto um texto triste mais uma vez e me pergunto ate quando.