quarta-feira, 15 de junho de 2011

Sou eu mesma




Sou filha da pobreza material e da riqueza de espírito. Sou única. Sou sui generis. Sou do terceiro gênero. Sou uma mulher-exclamação. Sou autodidata nafinesse. O que a vida não me deu, eu comprei. À custa de muito tratamento estético, superei o meu determinismo genético. Por isso, não me venham com aquele ditado: “rapadura é doce, mas não é mole não”. Isso para mim não é problema, porque tudo que é duro eu chupo, colega. Se a vida é madrasta, eu sou a filha ingrata. Se eu “venci na vida”? Não, eu “venço a vida” e a coloco no devido lugar, que é embaixo do meu Manolo Blahnik.

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Cafézinhos