sábado, 27 de novembro de 2010

Amor, transparência e as nossas dúvidas de sempre...(Para o amor da minha vida)






Já fui de esconder tudo o que sentia, e sofri com isso. Hoje não escondo quase nada do que sinto e penso, a não ser que isso venha a trazer sofrimento ao outro, caso único em que eu compactuo com o silêncio. Quando não é assim, prefiro a verdade do que o silêncio que tortura o outro, confunde.
Falar o que se sente muitas vezes é considerado uma fraqueza. Principalmente em se tratando dos homens. E sabem por que? Perde-se o mistério que nos tranveste, e lá estamos nós, absurdamente nus. E muitas vezes não é o tipo de nudez que atrai.
Se a verdade pode ser amarga pra quem fala, é incrivelmente libertadora pra quem a ouve. É a sensação de um vendaval levando embora todas as folhas das nossas dúvidas. É a verdade, nem sempre doce, que se instala.
Para muitos, parece que só conseguiremos manter as pessoas ao nosso lado se elas não souberem de tudo.
Deixar o outro inseguro é uma forma de prendê-lo, pois o deixa amarrado á um emaranhado de pontos de interrogação que criou. É assim que as pessoas sádicamente fazem. E pra conseguirem isso, economizam no "eu te perdo-o", "eu te compreendo", "te aceito exatamente como és", e o mais profundo "eu te amo", não aquele dito 50 vezes ao dia, na correria do termino de uma ligação. O eu te amo que significa "Sejas feliz da maneira que você escolher, meu sentimento permanecerá o mesmo"! Como conseguir isso? Fácil! Com clareza, de verdades e intenções.
Ninguém é obrigado a amar alguém, á estar ao lado de alguém, mas todo mundo é obrigado á ser verdadeiro com o sentimento do outro. Libertar uma pessoa pode levar menos de um minuto, o silêncio seria a maior prisão das relações humanas.
A grande verdade é que ninguém quer se machucar. Eu, tu, todos nós queremos intimidade mas evitamos contatos muito íntimos. Não queremos nos machucar mais usamos sapatos, conformismos e mentiras que nos machucam.
Nós, todos, deveríamos experimentar mais essa nudez de vontades, desejos, e expectativas. Deveríamos experimentar mais desse viagra emocional que é o amor, sem fazer dele um grande vilão quando não se perpetua. Deveríamos estar mais abertos ás verdades que nos latejam, nos marcam, nos movem. Dar ouvidos aos nossos desejos mais secretos. Dar vasão aos amores, ás dores, ás expectativas.

Espírito aberto. Caso você não tenha recebido através da genética, desenvolva por sí só.

Viver é demasiadamente libertador. Não deixe de tentar..

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